quarta-feira, 4 de maio de 2011

O METEORO MARCELINHO, ex-Grêmio


Logo que surgiu no futebol no início dos anos 2000, Marcelinho foi destacado por muitos da imprensa, atletas e técnicos como uma das grandes revelações do esporte nacional. O novo ídolo do Grêmio era uma das grandes esperanças do tricolor gaúcho, que naquele momento passava por uma crise econômica e sofria com a falta de títulos. Porém, devido a aspectos dentro e fora de campo, o atacante não durou muito no time gremista.

Vendido ao São Caetano, também não vingou. A partir daí, o “Meteoro-Marcelinho” passou a jogar por um clube famoso, que nós conhecemos bem: o “Cigano Futebol Clube”. Isto porque atualmente, com apenas 24 anos, o atleta já passou por diversos lugares, mas sem deixar saudades em nenhum deles. Sinal de que rapidamente a carreira estagnou.

A esperança do Grêmio

Em 2000, o jovem de 13 anos de idade chegava ao Grêmio. Já nas categorias de base demonstrava valor e surgia como um atleta diferente. A habilidade e a rapidez que tinha, surpreendia os jogadores e os treinadores da base. Após três anos, os dribles desconcertantes nos adversários logo chamaram a atenção do técnico principal gremista, na época, Adílson Batista. Assim, com 16 anos o garoto da cidade de Santa Cruz do Sul-RS foi promovido ao profissional.

A estreia foi contra o São Paulo, no Morumbi, pelo Campeonato Brasileiro. O jovem atacante entrou no lugar de Cláudio Pitbull, porém não pode fazer muita coisa, pois a equipe gaúcha perdeu para o tricolor por 3 x 1. Outro desafio foi jogar o Gre-Nal, segunda partida do menino, que em três anos cresceu 14 centímetros. Novamente entrou no lugar de Pitbull, mas dessa vez a vitória foi do Grêmio.

O primeiro gol aconteceu no ano seguinte. Primeiro não, os dois gols vieram pela Copa do Brasil. Marcelinho dava o seu cartão de visitas ao futebol brasileiro com arrancadas e dribles. Mas com o tempo, percebeu-se que o atacante não tinha o faro de gol. Era notável a dificuldade do atleta em balançar as redes e, isso, tornou-se o calcanhar de aquiles para ele.

A preocupação em valorizá-lo era tão grande que o Grêmio renovou o contrato, mas queria também corrigir o tal defeito técnico. O jogador foi embora para Porto Alegre a fim de se concentrar mais nos treinamentos e fugir de assédios. Porém, não deu certo. A joia gremista recebeu atenção especial de assistente social e um psiquiatra para cuidá-lo. A irregularidade do atacante era cada vez mais visível e o fim do ciclo no Grêmio foi inevitável.

A seleção brasileira

Mesmo com altos e baixos, Marcelinho ainda chegou a fazer parte da seleção sub-20 em 2004 e 2005. Entretanto estava no lugar errado na hora errada. Apesar da boa safra brasileira naquela época, o fiasco de nem ter participado da Olimpíada de Atenas, além dos fracassos no sul-americano e mundial marcaram aquela geração de base. O ex-gremista, que era reserva, participou de algumas partidas, mas não deixou saudades.

Após a frustrada participação na seleção sub-20, o atacante chegou ao São Caetano, com a intenção de se redimir e mostrar que tinha potencial para destacar-se no futebol tupiniquim. Sem sucesso, não demorou a ser emprestado ao Juventude-RS. Até que lá ele teve uma boa passagem, marcou um gol na vitória sobre o ex-time paulista. O empréstimo ao clube gaúcho havia terminado e ele voltara a ser do ABC na temporada seguinte, por onde novamente voltou a render pouco, até que em 2008 saiu do país para jogar na Turquia.

A coleção de fracassos

Com apenas 21 anos, as idas e vindas aos times só mostravam o quanto queria recuperar o prestígio perdido. Seria a solução jogar fora do Brasil? No Bursaspor-TUR, nenhuma novidade. O “cigano” não fez boas atuações e voltou ao país e estado de origem. Um ano depois, mais um empréstimo, agora ao Caxias. Aquele menino rápido e insinuante dava lugar a um atleta fora de forma, acima do peso. Resultado: ficou apenas dois meses, onde sequer estreou na equipe Grená.

Em 2010, enfim, conseguiu quebrar o jejum de gols que já durava cinco anos. Aquele feito pelo Juventude contra o São Caetano foi o último. A chegada ao Avaí fez bem para o jogador. Sem dúvida, um dos tentos mais importantes da carreira dele foi contra o Emelec pela Copa Sul-Americana. Pode-se dizer que Marcelinho escreveu o nome na história do clube catarinense, pois o gol marcado foi o primeiro do time da Ressacada em uma partida internacional fora do Brasil.

O fato poderia dar ânimo ao gaúcho, mas não passou de um “brilhareco”. Na atual temporada, o atleta estava no Linense-SP e disputaria o Campeonato Paulista da 1ª divisão. Mas, novamente ficou pouco tempo, e dois meses depois, rescindiu contrato.

Com apenas 24 anos, o futuro do ex-gremista é uma incógnita. Ainda novo para os padrões do futebol, já apresenta tantos fracassos na carreira, lesões, má preparação física e o velho defeito de não saber fazer gols. Marcelinho ficou mais forte nesses anos para cá, todavia a velocidade foi perdida e não consegue mais driblar como antigamente.

Ficha Técnica

Nome completo: Marcelo Rodrigues

Data de nascimento: 09/01/1987

Local de nascimento: Santa Cruz do Sul-RS

Clubes que defendeu: Grêmio-RS, São Caetano-SP, Juventude-RS, Bursaspor-TUR, Caxias-RS, Avaí-SC e Linense-SP

Seleções de base que defendeu: Brasil sub-20

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