Agora sim. Depois de 4 anos a tão esperada Copa na África, primeira do continente, começou.
Pelo grupo A, a África do Sul fez o jogo de abertura do Mundial contra o México. Exceto os adversários do grupo sul-africano, quem gosta de futebol com certeza hoje torceu pelos Bafana Bafana, assim chamada a seleção da casa. Vários motivos levam àqueles que acompanham a Copa a vibrarem com a África do Sul.
Primeiro: A vitória de uma nação sofrida, na maioria negra, com o fim do "apartheid", regime que separou brancos e negros, no mais alto nível de racismo, e que hoje realiza uma Copa do Mundo com a sua seleção representada por brancos e negros. Um mundial diferente dos outros, justamente pelo fato do futebol não está em primeiro lugar, já que o país anfitrião não tem sequer tradição neste esporte. É uma Copa que deixa transparecer a alegria, a realidade, a cultura do povo africano.
Segundo: Quem que não simpatizou com as Vuvuzelas, causador de tanta polêmica com a FIFA e as seleções estrangeiras presentes no torneio que não simpatizam com este instrumento peculiar, mas na realidade ficará marcado na história das Copas?
Terceiro: Um outro motivo é o esforço em campo da seleção sul-africana em representar uma nação, equipe comandada pelo técnico brasileiro Carlos Alberto Parreira, que já deu títulos mundiais ao Brasil, em 1970 como auxiliar técnico e 1994 como treinador. Nesta sexta-feira, Parreira colocou seu nome no topo da galeria dos técnicos que mais participaram de Copas do Mundo, seis ao todo. Ele tem o desafio de levar a África do Sul à 2a fase, caso contrário, será a primeira seleção da história de todos os Mundiais que jogou dentro dos seus domínios sendo eliminada na 1a fase. O povo sul-africano não merece essa frustração.
Quer mais um motivo? O uniforme "familiar" que a seleção Bafana Bafana usa. Camisa amarela, calção verde, meiões amarelos. Cores que lembram as do Brasil, tanto na bandeira como no uniforme tradicional canarinho.
Analisando as duas seleções, a África do Sul ficou mais perto da vitória, por isso merecia vencer, apesar do mal começo nos primeiros minutos. Em relação ao México, após conferir em campo as quatro seleções do grupo A, é sem dúvida a mais talentosa e possui boas chances de classificação. Mas o problema mexicano é a conclusão das jogadas. O time pouco concluiu e quase perdeu o jogo por causa disso. Já os Bafana Bafana possuem chances razoáveis, pois tem uma seleção com garra, embalada pela torcida, forte, veloz, destaque para o atacante Mphela - alto e boa velocidade- que colocou uma bola na trave aos 44 do 2o tempo e ao golaço de Tshabalala, aos 10 minutos do 2o tempo, primeiro gol da Copa, além do mais habilidoso do time, o meia Piennar.
Na segunda rodada da Copa, a África do Sul enfrenta o Uruguai, no dia 16, em Pretória. No dia seguinte, o México encara a França na cidade de Polokwane.
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